quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O fã visto como família


A banda Toplez revela que o público é um dos alicerces fundamentais na carreira do grupo musical, e sustenta o carinho e o respeito pelos fãs


“O público é o meu coração”, diz Érika Athaide Ribeiro, 23 anos, vocalista e guitarra da banda Toplez, formada ainda pela pernambucana Danielle Fernanda Guedes, 24, vocal e bateria e pelo mineiro Marcelo Leonardo Alves Lopes, o “Tchello”, 29, vocal e baixo. Segundo Érika essa formação do conjunto está tocando junta há aproximadamente um ano e meio, mas a banda Toplez iniciou carreira há dois anos e meio, com ela e Dani como remanescentes.

O nome Toplez veio de uma ideia sugerida por uma amiga da banda, como conta Érika. “No começo a gente não tinha nome e foi agendado um show, aí o dono da casa colocou um nome lá e foi deixando, aí depois uma amiga nossa falou para colocar Topless, achei a ideia legal, mas queria um diferencial, então coloquei z no final”, relembra. Todos os membros da banda têm experiências anteriores com a música. Tchello era freelancer e passou por diversas bandas, o que lhe proporcionou ter grande experiência de palco. Atualmente o baixista dedica-se exclusivamente ao Toplez. Danielle, conhecida como Dani, começou a tocar seus primeiros instrumentos musicais aos seis anos, e hoje toca, além de bateria, violão, guitarra e trompete. “A música na minha vida começou muito cedo”, diz Érika. A vocalista teve seu primeiro contato com a música aos sete anos, quando ganhou de seu padrasto o primeiro violão. “Depois disso fui fazendo aula de contrabaixo, guitarra, violão, canto, aí fui gostando do negócio, passei por várias bandas até que eu fui parar no Toplez, que foi a banda que mais vingou”, completa.

A guitarrista relembra o início de carreira. “Nosso início foi muito difícil. Para a gente chegar onde estamos hoje ‘comemos’ muito palco, já pagamos para tocar ao invés de receber”, conta. No que diz respeito ao reconhecimento do público, Érika afirma que a banda sempre foi bem vista, mas garante que começaram a perceber o calor do público há aproximadamente oito meses. “Foi quando a febre ficou mais intensa”, diz.

Com relação ao repertório de seus shows, os integrantes da banda afirmam que tentam seguir uma linha pensando no estilo musical que é vendável. “Foi um dos motivos de escolhermos o pop, além de gostarmos demais, é o que sabemos fazer”, garante a vocalista. “A nossa inspiração é o pop”, completa. Érika diz ainda que a banda Toplez toca o que gosta e que o público se identifica com isso, o estilo musical está sendo bem reconhecido.

O público alvo do Toplez gira em torno da faixa etária de 18 a 30 anos, que, de acordo com Érika, é apenas uma média. “A gente tem fãs e amigos que gostam da banda, ouvem e acompanham de várias idades diferentes, e não tem nem como definir, pessoas mais novas, mais velhas, a gente tem fã de 60 anos. Apesar de o som ser muito jovem, a gente consegue agradar outras gerações também”, afirma. “Estamos tocando para quem quiser ouvir. Eu costumo falar que pagando bem a gente toca até em velório”, brinca a guitarrista.

Quando perguntada sobre relação da banda com o público, Érika foi enfática. “É a mais maravilhosa possível”, conta. Ela não considera essa relação como fã-ídolo. “Eu quero que eles (o público) estejam com a gente. Eu não chamo nossos fãs de fãs, chamo de família, são minha família, eu adoro, é o que eu mais amo, até arrepio”, declara. Segundo ela, o público responde muito bem ao estilo da banda. “Eles empolgam, só faltam subir no palco e cantar com a gente, bom demais”, conta.

Pensando na resposta do público em relação ao trabalho desempenhado pela banda, os integrantes do Toplez estão lançando o primeiro cd, que, segundo Érika, foi uma conquista de muito tempo, demorada, para ser feita com carinho, almejando fazer algo de qualidade para os fãs. O cd traz músicas próprias da banda, outras gravadas ao vivo dos shows e covers de estúdio. De acordo com a vocalista, já há um retorno positivo desse trabalho, como críticas de outras bandas que já são conhecidas do público alvo do Toplez. “Foram as melhores críticas”, revela.

O contato com os que admiram o trabalho da banda é feito pela internet, via Orkut e pelo site (www.toplez.com.br). Érika reconhece a influência do público na vida do artista, através da força e do apoio oriundos do carinho dos fãs. “O retorno é lindo!”, comemora. “É o coração que na hora sai e fica batendo ali com a galera. Às vezes eu estou no show, e eu não me contento em ficar só ali no palco, eu quero descer, eu quero participar daquilo ali, eu quero sentir a energia”, conta.

Érika garante que o carinho dos fãs é que move seu trabalho, que a faz querer compor e crescer. “Em meus shows eu procuro fazer a pessoa esquecer até mesmo quem ela é, que ela se mova por instinto, que seja feliz ali. E isso daí eu consigo fazer, e é o que mais me toca, é a cara de satisfação das pessoas, o que me deixa assim, comovida”, explica. “Eu já até chorei em show que eu fiz, sou chorona, mas eu adoro, eu fico feliz, é bom demais”, desabafa.

“Eu faço o mesmo show para cinco pessoas e para cinco mil”, dispara Érika. Ela afirma que às vezes não consegue agradecer a todos os fãs pessoalmente, mas garante que no palco, através de sua voz, seu olhar e seus gestos, a consideração que ela tem pelo público consegue ser transmitido. “O carinho que eu tenho com o público eu acho que para eles é incontestável, todo mundo sabe”, conclui.


 Conheça os componentes do Toplez:

 
                                             Fotos: Adriana Benevenuto
Érika Ribeiro, vocal e guitarra

Dani Guedes, vocal e bateria

Tchello, vocal e contra-baixo

Os três integrantes tocam juntos em versão acústica

Bastidores: Banda interage com fã

Bastidores: integrantes conversam com fã no intervalo do show

8 comentários:

  1. Dri, a matéria está muito boa, mas tenho duas sugestões. Como seu foco é a relação da banda Toplez com o seu público, acho que você poderia começar a falar sobre isso um pouco antes, já que primeiro, você descreve como a banda foi formada e aspectos de cada um dos integrantes.
    Acho que seria interessante você pegar o ponto de vista de um dos fãs, porque a pessoa gosta da banda, essas coisas.

    Beijoss

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  2. Oi, Dri! Seu texto ficou muito legal, deu bastante vontade de conhecer a banda! Para ficar ainda melhor a gente sugere que você coloque links para vídeos da Toplez no Youtube (http://www.youtube.com/watch?v=OZ4H82kBMfk) e para o blog que funciona como agenda deles (http://bandatoplez.blogspot.com/). Além disso, foto e uma lista com o nome das músicas ajuda a completar a informação.

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  3. Dri adorei o blog!
    O post está bem completo, porém muito direcionado apenas para a banda toplez, faltou uma foto aí, para o leitor reconhecer a banda!
    Nas informações está muito completo!
    Uma dica para você procurar é A Obra, lá sempre tem bandas novas e o público geralmente são os fãns mais próximos.
    Outro lugar é o Matriz, que é ícone no inicio das bandas, e provavelmente vai ter boas fontes!
    Adorei.
    Ri muito ao ler isso:
    "Atualmente o baixista dedica-se exclusivamente ao Toplez."
    AHAHAHAHAHAAH

    Beijoo

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  4. Adriana,

    Gostei do tema. Achei a sua abordagem completa e bem detalhista. Para uma primeira matéria, foi bem explicativa, apresentando a banda e transmitindo informações sobre o seu trabalho. No entanto, sugiro que busque se aprofundar mais no aspecto ''psicológico'' da relação entre banda X fã. O assunto também lhe proporciona condições de elaborar PodCasts repletos de musicalidade, explore esse ponto.

    Parabéns e estarei aqui para ler a próxima matéria. Se possível, disponibilize imagens.

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  5. Curti a postagem, Adriana. Texto bacana, bem feito, ficou massa! (isso você já sabe, né?) =P Senti falta dos fãs na sua matéria, sabia? Talvez eu esteja dando pitaco errado, mas queria ter lido mais sobre o que os outros integrantes pensam ou como um fã se relaciona com a família Toplez. =DDD No mais, parabéns, garota.

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  6. A banda é interessante, mas, a matéria é ‘pouco’ atraente. Não há uma música disponível para o leitor? Nem uma imagem para a gente conhecer? Nem um registro dos shows e dos fãs? Nem uma foto feita nos bastidores com os fãs que eles tanto agradecem? Para uma matéria multimídia, faltaram esses ingredientes importantes.

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  7. Dri, amei a reportagem. Eu ja tinha escutado falar sobre a banda, mas a reportagem me deixou mais interessada em conhecer.

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