domingo, 24 de outubro de 2010

O fã homem e o público mais velho



Depois de alguns pedidos, eis que publico a opinião dos fãs jovens do sexo masculino, além da visão peculiar do público mais velho, com um olhar mais crítico acerca do trabalho da banda Toplez.

Neste último final de semana a banda Toplez esteve em contato com públicos diferentes. Na sexta tocou para seu público mais fiel, os jovens, entre 18 e 30 anos, e no sábado se apresentou para os mais “maduros”, a partir de 30 anos.
“O trabalho que eles fazem é bacana, é legal, sensacional”, define o professor Douglas Sueimer Bernardo, de 27 anos. Acompanhando o trabalho da banda há um ano e meio, o professor afirma que o repertório da banda agrada a quem ouve, pois são músicas atuais que ninguém imagina ouvir em um show acústico. O assistente de apuração Diego Marlon Ribeiro Torres, de 23 anos, também concorda com essa ideia. “O repertório é excelente, muito bom. Tem variedade, toca tudo quanto é tipo de música que o pessoal gosta”, diz.
Segundo os meninos, a proximidade que é criada entre os componentes da banda e os fãs é o que faz a banda especial. “A proximidade deles com o público é a melhor coisa que tem”, enfatiza Diego. “E com certeza isso é um diferencial”, completa. “As meninas são super simpáticas, o Tchello também, e eles interagem totalmente com o público, com o pessoal”, conclui Douglas.
Mesmo lidando com pessoas mais velhas, o carisma e o talento do Toplez perpassa gerações, e também agrada os “adultos”. Os entrevistados, que não puderam ser identificados, *por ordem da casa de show onde a banda se apresentou, contam suas impressões sobre o Toplez. “As meninas do Toplez tocam super bem. Apesar delas tocarem muitas músicas que são mais conhecidas do público jovem, tem umas até que eu nem conheço pra te falar a verdade, mas independente disso eu gosto de ouvir, porque elas tocam de um jeito muito bacana. O repertório é até bem distribuído, por exemplo, elas tocam músicas atuais, que eu não conheço, mas ao mesmo tempo resgatam músicas da Madonna, como Material Girl, Janis Joplin, Cindy Lauper, e até Blitz”, conta o comerciante J.M.A, de 42 anos.
O assistente de produção, P.LG.S., de 37 anos diz que gosta de ouvir o grupo tocar, e sempre que pode, vai ao encontro dos músicos a fim de parabenizá-los pelo trabalho. “Hoje em dia deve ser difícil mexer com música, então acho que para eles é gratificante saber que o público esta gostando do que eles estão fazendo. Acho legal ir lá e parabenizar, dar um apoio, aplaudir quando eles tocam uma música que a gente gosta durante o show. Tudo isso representa a ligação do artista com os espectadores”, conta.
A lojista A.M.B.P, de 35 anos, fala com empolgação do Toplez. “Eu gosto mesmo, faço questão de ficar até o show acabar, converso com elas, aplaudo, grito (risos). Eu gosto das músicas, as meninas são lindas, cantam muito bem, e tocam bem também. São umas simpatias de pessoa, são jovens que estão correndo atrás do que é deles, e são educados no palco, entrosam com o público daqui, conversam, agradecem, é bem legal essa relação que eles tentam manter. Além das músicas, que são ótimas”, diz.
A baterista Danielle Guedes, conta do desafio de tocar para o público mais experiente. “A dificuldade às vezes é que eles não se soltam, eles curtem, você pode ver que eles curtem, mas não se soltam. A gente tem recebido muitos elogios, apesar deles ficarem mais contraídos, isso na hora de aplaudir mesmo, de demonstrar que gostou durante o show, eles elogiam muito depois, vem pra gente e falam que curtiram muito”, explica. Ela diz que o Toplez busca adaptar o repertório para agradar esse público específico, mas no final das contas a própria banda surpreende os espectadores. “A gente acaba surpreendendo porque eles não imaginam que a gente, sendo mais jovens e tocando muito músicas atuais, como Lady Gaga, por exemplo, vai tocar Janis Joplin, ou músicas antigas”, comenta.
Na relação com os públicos, Dani, como é chamada, considera importante que o músico esteja em contato com os fãs. “A gente gosta mesmo de assentar, de bater um papo com as pessoas, isso é o natural da gente, é da nossa personalidade mesmo, independente da música. Eu acho que isso é muito importante, todo mundo devia fazer isso, esse relacionamento com o público, de conversar mesmo depois do show”, conta a baterista.

*Não foi possível fazer registros fotográficos também por ordem da casa de show.

Escute as músicas citadas pelo público mais velho tocadas pelo Toplez no show do dia 23 (sábado):

Confira a galeria de fotos de bastidores do show de sexta-feira, 22 de outubro:



Da esq. p/ dir.: Tchello, Érika, Dani, Diego e Douglas

Diego e Douglas conversam animados com a baterista Dani Guedes






segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Com a palavra: o fã!

 Foto: Adriana Benevenuto
Fã recebe o carinho e conversa com os integrantes do Toplez no meio do show
 

            “Acredito que ter uma boa relação com o público seja uma forma utilizada pelo Toplez para manter os fãs que já possui e para cativar outros que estão indo pela primeira vez. Muitas bandas possuem apenas um talento musical. O Toplez procura unir esse talento  e carisma à proximidade com o público”, diz a estudante de enfermagem Aline D’Assumpção Campos, de 23 anos. Essa opinião parece ser unânime entre os fãs da banda, que destacam o carisma como o diferencial que caracteriza o trio musical.
            As amigas Thayna Roberta Sampaio dos Santos, de 21 anos e a consultora de vendas Marina Araújo Aleixo, de 18, conheceram o Toplez através de amigos que assistiram ao show da banda e recomendaram a apresentação. Da mesma forma, Aline tomou conhecimento da banda também através de recomendação de uma amiga.
            A relação próxima da banda com o público chama a atenção dos fãs, que elogiam o trabalho desempenhado pelos integrantes. “Além do som deles ser um som muito bom, essa proximidade que eles tem com os fãs, e não só com os fãs, com qualquer um que chegar, eles vão tratar super bem, como se já conhecesse há muito tempo, então querendo ou não, o jeito deles de ser, por assim dizer, atrai as outras pessoas, tirando o som deles que é excelente, eles tocam super bem, a Érika canta muito bem, a banda tem um astral muito bacana, porque hoje em dia tem muita banda que só está vendendo a música e acabou, e eles não, parece que eles fazem questão de agradar”, explica Marina Araújo.
            Os fãs destacam a atenção que os integrantes dão para o público como um elemento importante para mantê-los por perto. “Eu tenho mais vontade de ir no show do Toplez porque eles têm um carinho tão diferente, uma relação próxima com o fã”, conta Thayana Sampaio. “Sempre vi os integrantes numa relação bem próxima com o seu público. Estão sempre conversando, brincando e às vezes até pedindo opinião sobre o som, sobre o show. Eles sempre chegam mais cedo aos shows e assim conseguem ter um primeiro contato com o público. Durante o show eles sempre brincam, conversam, chamam algumas pessoas para tocar ou cantar com eles, o que demonstra uma tentativa de estreitar as relações. Isso faz com que o público se sinta à vontade e acabe acompanhando a banda nos lugares onde toca, se tornando um fã fiel. Acredito que isso aconteça com o Toplez por priorizarem essa proximidade com o público”, constata Aline Campos.
            Os fãs acreditam que além do talento e da qualidade do som da banda, o carinho para com o público demonstra a importância que a banda dá para eles. “Eles te tratam, te fazem sentir como se você fosse assim, essencial pra banda, se você não estiver lá, não vai ser a mesma coisa, essa é a impressão que eles passam”, diz Marina Araújo. “Não é toda banda que se dispõe a dar uma abertura para que seus fãs possam se aproximar e conversar numa boa. Essa sensação de estar à vontade pra brincar e rir junto com os integrantes é bastante interessante e acaba criando um clima de amizade. Eles se preocupam, dão uma importância e uma atenção enorme pra quem os acompanha, o que pra mim, fã, é fundamental. Acredito que não exista "estrelismos" no Toplez”, conta Aline Campos.
            “A atenção que eles dão pros fãs, não é uma coisa do tipo: ‘Ah, valeu por ter vindo’, a vocalista conversa com você, mostra que você é uma peça importante na caminhada deles para o sucesso, não tem outra, Toplez é sucesso, é questão de tempo”, acredita Marina Araújo. “Eles têm um talento que não tem como ignorar o, e sinceramente, eu espero que isso os leve a pódios mais altos porque eles merecem, eles têm um carinho imenso por todo mundo, qualquer um que chegar. Isso faz a gente querer divulgar, faz a gente querer mostrar para as pessoas que tem uma banda aqui em Belo Horizonte que merece, merece você falar. Eu não gosto só da música, eu gosto do que eles são. Todos os três, acho que são exemplos para a gente, em todos os sentidos”, completa a fã.
            Os fãs elogiam também a qualidade técnica do show da banda. “Os arranjos deles são inacreditáveis, eles tocam muito bem. Eu nunca vi eles errarem uma nota, eles não saem uma nota do lugar, a Érika não sai do tom quando ela está cantando, isso é muito importante, é uma coisa realmente que te prende. Vou te falar a verdade, a coisa que me atraiu mesmo foi o tipo de música”, conta Marina Araújo. Além disso,o repertório também agrada ao público. “O repertório é essencial, é música que o povo gosta, que o povo escuta”, comenta Thayana Sampaio. “É um repertório bem variado, com alguns sucessos antigos e outros bem atuais, tanto nacional quanto internacional. As versões das músicas são bem interessantes e é impossível não cantar ou ficar parado. O repertório segue uma linha de pop rock e acredito que esse estilo faz sucesso entre o público jovem”, conta Aline Campos. “O repertório deles é o que o povo quer ouvir. Só de não serem músicas comuns de você ouvir por banda, e mais por DJ, já é um diferencial. Você não está esperando, você não ouve Lady Gaga no violão, então você escuta e fala ‘O que é isso?’. São músicas que todos sabem cantar, não tem, por exemplo, uma música do Toplez que tem um que fale assim: ‘Eu nunca ouvi essa música’”, diz Marina Araújo.
            As músicas autorais da banda também fazem sucesso entre os fãs. “As composições, que para falar a verdade a única que eu ouvi foi ‘Conto de Fadas’, mas assim, a música é sem noção, é muito boa, são letras que te prendem à música, que você se identifica, eu acho que o importante é isso, se identificar com a letra de uma música, você acaba gostando da banda pelo repertório, pelo o que a banda faz, pelo o que a banda produz”, comenta Marina Araújo. “A música deles é boa”, acrescenta Thayana. “Adoro as músicas autorais da banda e acho que se encaixam perfeitamente no estilo musical que tentam transmitir. Essas músicas são sempre requisitadas nos shows, o que prova que a galera acompanha o Toplez. A minha preferida é a ‘Conto de fadas’”, diz Aline Campos.
            Marina Araújo caracteriza a banda, em sua visão: “Eles são uma banda diferente, totalmente diferente”, conclui.


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Foto: Adriana Benevenuto
Marina Araújo e Danielle Guedes, baterista do Toplez: a relação próxima entre banda e público